sábado, 18 de agosto de 2007

Onde? Cadê? Hein!?

E de repente você olha pela janela. Olha para o espelho. Olha para você mesma e pensa: “O que foi que aconteceu comigo? O que aconteceu com a minha vida? Já foi? Como? Quando? Por quê?”
Tá bom, vai... Eu devo estar um pouco paranóica por ter entrado recentemente na vintolescência, mas parece que esses 20 anos passaram tão rápido.
Eu estou entrando na vida adulta e não fiz nenhuma coisa notável.
Não, não... Não estou virando emo (não tenho nada contra os emos...), mas eu olhei para trás e me parece que eu não saí o bastante, não me diverti o bastante, não ousei, não me atrevi o bastante. Por exemplo, eu só aprendi a andar de bicicleta com 19 anos!! E é uma coisa tão gostosa de se fazer que eu me arrependo de não ter feito antes.
A gente perde tanto tempo sem perceber. Seja por causa de medo, insegurança, timidez, acanhamento, vergonha, covardia... mas eu pensava que tinha tempo para fazer tudo... e quando eu vi passaram-se 20 anos! As oportunidades passaram e eu não peguei nenhuma, os amores se foram e eu não aproveitei porque achei que o tempo traria um amor melhor, sem saber, sem perceber que cada amor foi o melhor que deveria e que pôde ser.
Fora o fato de que eu não sei o que fazer com todo o resto da minha vida. Eu olho a minha volta e vejo todo mundo seguindo um caminho, mas parece que pra mim não há caminhos disponíveis e que o tempo que antes eu acreditava ter está se esgotando rapidamente.
Eu sei, eu sei... Eu pareço desesperada, louca, desvairada, descontrolada... Mas é realmente assim que eu me sinto. E olhando para o passado eu vejo como eu não tinha preocupações, mesmo que naquele tempo eu achasse que os meus problemas eram maiores que os de todo mundo, isso tudo porque naquela época eu só tinha olhos para o meu umbigo, mas isso é uma outra história.
Mas olha só... se eu parar pra pensar um pouco... é sim sim! ^^
Mesmo sem rumo e tudo mais, essa é a melhor fase da minha vida!!
Vamos, vamos...
“Continue a nadar.
Continue a nadar.”

sábado, 11 de agosto de 2007

A Pikena Flor


Pikititinha era só uma sementinha. Ela se achava pequena demais, redonda demais, feia demais. E por isso ela gostava de viver sob a terra, escondida no seu pequeno mundo quente, confortável, seguro e solitário.
Mas um dia Pikititinha viu que isso já não era o bastante. Ela queria ver mais, queria conhecer outras coisas, queria ser diferente. Ela não gostava do seu jeito de ser, então ela mudou...Simples assim! Ela mudou para tentar ser mais feliz consigo mesma.
Resolveu que queria ver o sol, mas para isso acontecer era preciso crescer e desabrochar. Ela não tinha medo!? Claro que sim! Tinha medo do que iria encontrar, de como seria lá fora...Mas era chegada a hora.
E assim, Pikititinha se tornou a Pikena Flor...Sim, tímida no início, mas se abrindo calmamente para receber a luz do sol. Ela não era a flor mais vistosa do jardim, mas era a mais felizinha. Depois de dar o primeiro passo, ela sabia que poderia fazer qualquer coisa...
E, agora, a Pikena Flor não se sentia feiosa ou menos que as outras flores. Gostava de suas pétalas (a não ser nos dias de chuva), mas vivia sempre com um sorriso no rosto e alegria no coração.
Eu sou a Pikena Flor...E a mudança chegou na hora certa. Com toda a certeza!!